Rede ATER NE intensifica formação para potencializar incidência política

Seminário, realizado na Paraíba até sexta-feira (2), tem mais de 60 participantes, entre assessoras/es técnicos, lideranças rurais e comunicadores/as

O que acontece quando as políticas públicas têm a participação ativa da sociedade civil ou surgem de experiências práticas protagonizadas por este sujeito social?

Nós temos que ocupar os espaços de decisão, importantes para a chegada das políticas públicas, propondo as ações. Sempre vai ter desafios, mas se estamos bem organizados conseguimos enfrentar“, pontua Josenildo Torres, do assentamento Arcanjo, em Soledade, na Paraíba.

Como uma das lideranças do assentamento, Josenildo faz parte da comissão municipal que está articulada a outras redes de âmbito regional e estadual.

Outra experiência de mobilização social para a incidência política apresentada para os/as mais de 60 participantes do Seminário da Rede ATER NE de Agroecologia é do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Lagoa Seca, um dos 13 que compõem o Polo da Borborema.

Neste município, diversas políticas passaram a apoiar a agricultura familiar, como o programa municipal de sementes, a qualificação das estradas rurais e o programa Planta Lagoa Seca.

No atual contexto de retomada de políticas públicas federais importantes para agricultura familiar e promoção da segurança alimentar e nutricional e dos espaços de participação social, uma reflexão feita durante o Seminário gira em torno de como as políticas públicas atuais impactam os territórios.

Elas fortalecem sujeitos coletivos locais, potencializando dinâmicas de desenvolvimento ou desorganizando o tecido social?

O Seminário, realizado na Paraíba, de 30 de julho a 2 de agosto, lança as bases para a execução do projeto Cultivando Futuros: transição agroecológica justa em sistemas alimentares do semiárido brasileiro. Um dos objetivos do projeto é elaborar propostas para o aprimoramento das políticas públicas.

A iniciativa é uma realização da AS-PTA, Brot fur de Welt e Rede ATER Nordeste de Agroecologia com financiamento do Ministério Federal da Alimentação e da Agricultura da Alemanha (BMEL, na sigla em alemão).

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